BRUTAL COMBAT

Brutal Combat é uma das mais importantes bandas skinheads já surgidas na França. Formada em Brest no ano de 1983, foi provavelmente a primeira banda francesa a assumir uma postura claramente anti-comunista, de modo que seu primeiro compacto chama-se Peril Rouge. Este compacto foi auto-produzido pela banda com a ajuda de Gaël Bodilis, que além de ser o manager do grupo, viria a tornar-se o fundador e proprietário do selo Rebelles Européens.

Após algumas alterações na primeira formação a banda participa da coletâncea Chaos in Europe, com a faixa “Mercenaires”. Esta coletânea foi lançada pelo selo francês Chaos Productions em 1985 e contava com a participação de bandas como Komintern Sect, Reich Orgasm, Decibelios, Asta Kask, Nabat e outras.

Logo depois, a banda entra em estúdio para gravar “Du bon coté” e “Aux armes”, que saíram na coletânea No Surrender Vol. 2, editada em LP no ano de 1986 pelo selo alemão Rock-O-Rama Records (RRR-059). Neste mesmo ano, a Rock-O-Rama lança o primeiro e clássico LP Charles Martel (RRR-62). Além da boa qualidade sonora, este disco surpreende pelo saxofone incluído em algumas das músicas (“Douleurs en sous-sol”, “L’enfer c’est le paradis”, “Indésirable” e “Peril Rouge”).

Brutal Combat era uma banda nacionalista que comprovava sua autenticidade através de um estilo inconfundível. Liderada pelo vocalista Bebert, de voz forte e agressiva, as músicas tinham um instrumental pesado e arrastado. Em poucas palavras, esta era uma banda extremamente nacionalista e, porque não dizer, uma banda genuinamente “nervosa”! Curiosamente, os membros da Brutal Combat possuíam vínculos de amizade (e tocavam em gigs) com bandas como Les Collabos (também de Brest), Al Kapot e Camera Silens, ao mesmo tempo em que dividiam o palco com Légion 88 e Alto Palo.

Depois de nova mudança na formação, gravaram as músicas “Passé à l’Ouest” e “Indo-Européens” que seriam lançadas em compacto pela Rebelles Européens. Esta seria a última gravação oficial do grupo, pois devido às constantes substituições, decidiram por terminar a banda.

Como toda banda lendária, o que não faltou após a dissolução da Brutal Combat foram álbuns “póstumos”. Em 1996 o selo norte-americano Warboot Rds. editou o LP L’enfer c’est le paradis, que trazia como bonus um compacto 7”. Este LP possui duas faixas de estúdio (de 1984-85) e mais nove gravadas ao vivo na Itália em Abril de 1988. De todos os álbuns lançados após o fim do grupo, este talvez seja o mais interessante, pois além de conter a inédita “Oeil pour oeil” (que não aparece em nenhum outro CD), o compacto traz a também inédita “Milices Proletaires”.

Outro bom registro é o split CD Brutal Combat + Collabos – Oi! gig at Brest ’85. Este CD ao vivo foi co-produzido pela Breizh Productions e Pit Records.

O CD Lost and Found lançado em 1998 pela Combat Rds. é outra boa referência discográfica, pois entre as 22 faixas está incluso todo o álbum Charles Martel, canções tiradas de coletâneas e algumas versões demo.

O CD Rare foi lançado pela Pit Records em 2001. A qualidade não é das melhores pois este disco contém 21 faixas demos e não remasterizadas (e sem os saxofones). Porém, a edição interessa aos colecionadores porque é bem acabada e o encarte traz as letras de 12 canções do grupo. A única música cantada em inglês chama-se “Official hooligan” que originalmente foi gravada pela banda britânica Antisocial.

Brutal Combat é o tipo de banda que nos deixa indeciso na hora de tentar escolher as melhores músicas de um CD. E mesmo que tenha existido por um curto período, Brutal Combat foi uma banda brilhante e insuperável.

Brutal Combat is one of the most important French skinhead bands. Formed in Brest in 1983, probably they were the first French band to take a clear anti-comunist posture, so its first compact is called Peril Rouge. This first release was self-produced by the band and Gaël Bodilis, whom besides Brutal Combat manager would become the founder and owner of the label Rebelles Européens.

After some changes in the first line-up the band has the song “Mercenaires” released in the compilation Chaos in Europe. This compilation was launched in 1985 by the French label Chaos Production and it also featured bands like Komintern Sect, Reich Orgasm, Decibelios, Asta Kask, Nabat, etc.

After that the band goes to the studio to record “Du bon coté” and “Aux armes”, that were issued in the compilation No Surrender Vol. 2, LP released in 1986 by the German label Rock-O-Rama Records (RRR-059). At the same year Rock-O-Rama had launched their first and classic Charles Martel LP (RRR-062). Besides having a good quality sound, this record is impressive due to the saxophone included on some songs (“Douleurs en sous-sol”, “L’enfer c’est le paradis”, “Indésirable” e “Peril rouge”).

Brutal Combat was a nationalist band that had proved its authenticity throught an unmistakable style. Leaded by the singer Bebert, which had a strong an aggressive voice, their songs had a heavy and not so fast instrumental. In short, they were a real extreme nationalist band and, we could say that they were genuinely an “angry” band! Curiously, the Brutal Combat members had friendship (and used to play along) with bands such as Collabos (also from Brest), Al Kapot and Camera Silens, at the same time they also had shared the stage with bands like Légion 88 and Alto Palo.

After a new change in the line-up they recorded the songs “Passé à l’Ouest” and “Indo-Européens” which were released in 7” format by Rebelles Européens. It would be the last Brutal Combat official recording of the group, since due to constant replacements in the line-up they had decided to call it a day.

Common to all legendary bands, Brutal Combat had several “posthumous” releases. The North-american label Warboot Rds. had issued L’enfer c’est le paradis LP, that brought out a 7” record as bonus. The LP features 2 studio tracks (from 1984-85) plus 9 live tracks recorded in Italy in 1988. Concerning all stuff released after Brutal Combat dissolution, L’enfer c’est le paradis is probably the most interesting album, as it comes with the unreleased “Oeil pour oeil” (this song is not available at any CD or LP). The 7” also features the unreleased “Milices Proletaires”.

Another good record is the split CD Brutal Combat + Collabos – Oi! gig at Brest ‘85, a live CD co-produced by Breizh Productions and Pit Records.

Released in 1998 by Combat rds., Lost and found CD is also a good reference as a part of the band’s discography (it seems that some member of the band had worked on it). This CD contains 22 tracks that includes the Charles Martel album, some songs taken from compilations and also some demo versions.

There’s also a CD called Rare that was released by Pit Records in 2001. The sound quality is not so good as this album features 21 non-remastered demo tracks (forget the saxophones!). However, it has a good quality finishing and the booklet brings 12 lyrics on it. It comes with the song “Official hooligan”, the only song that was sung in English and that was originally composed by the British band Antisocial.

Brutal Combat is the kind of band that makes us unsure when we have to say what are our favourite songs. Even existing for a short period, Brutal Combat was a brilliant and matchless band.